sexta-feira, 23 de abril de 2004

Peço um tempinho de vossa atenção para o que vou escrever aqui.
O que estão prestes a ler é um desabafo, uma historia minha que vivi há pouco tempo e de que não me arrependo, porque graças ao ocorrido eu aprendi e muito. Posso ter custado a aprender a lição, mas agora sim posso dizer que estou imune, vacinada e digo de coração.

Minha historia começa em meados de Abril, quase Maio, de 2000, logo quando iniciei minha carreira de atriz, numa oficina de teatro na FIC. Conheci ele, o *T.R.*. Achei ele lindo e pensei que nunca seria meu. Mas foi, namoramos 4 meses. 4 meses meio estranhos mas legais que acabaram por causa de uma bobagem que eu falei. Mal eu sabia que começava uma baderna só na minha vida e na de outra pessoa.

Depois de 1 semana de acabados descubro que ele começou a namorar outra. Fiquei arrasada, claro, afinal de contas eu ainda gostava dele. Mas ele mesmo namorando ainda me queria.
Achando que ele voltaria comigo me prestei ao papel da “outra” ou “a amante”. Era complicado, mas era gostoso.
Lembro que quase todo dia depois de sair com ela, o *T.R.* me ligava e vinha bater aqui em casa. Cansamos de sair escondidos. Teve até um dia que ele faltou o emprego para passarmos o dia juntos, foi simplesmente maravilhoso. Fomos ao Ceará Music juntos, ele já estava namorando, mas não quis nem saber se alguém nos viria e eu achava o máximo, achava que ele realmente gostava de mim sem se importar com nada nem ninguém.
Dizíamos que havíamos nascido um para o outro e eu tentava entender porque, então, ele ainda estava com a traída. Ele chegou a admitir que era por $interesse$.

Eu contava essas coisas pras minhas amigas e elas não se conformavam deu ainda estar com ele. “Você ta vendo como ele é. Porque ainda ta nessa?” Mas eu achava que de mim ele gostava. Meus amigos nunca gostaram dele exatamente por estarem fora da história e vendo tudo às claras e vendo em que enrascada eu estava me metendo.
Eu morria dizendo que tava bem daquele jeito, mas no fundo eu sofria, mas ainda assim achava que um dia ele seria novamente só meu.

Vocês devem estar se perguntando: “E a namorada dele? Não desconfiava?” Eu sinceramente não sei. Provavelmente desconfiava, mas nunca tinha certeza. Afinal de contas, ela já havia pegado mensagens minhas no celular dele, ligações minhas pra ele, que ele atendia na cara de pau na frente dela. Ele até já chegou a ligar pro meu celular da casa dela. Mas o *T.R.* sempre foi muito bom de lábia e estava sempre pronto com uma mentirinha na ponta da língua e provavelmente a enganava direitinho, e ela, claro, sem provas nenhuma, caía direitinho ou pelo menos fingia que caía.

A putaria foi rolando até que ele me disse que viajaria pra São Paulo pra morar com uns amigos e tentar melhorar de vida. E ele foi. Fiquei arrasada, claro. Como seria minha vida agora sem o meu “amigo ilegal” (pseudônimo que dei a ele aqui no meu blog, voltem uns meses atras e verão)?

Um belo dia eu fui à órbita e encontrei um colega nosso em comum e descobrí tudo: que ele havia ido pra São Paulo com a traída. Quebrou minhas pernas. Ele havia mentido pra mim. Fiquei puta, arrasada, decepcionada. Mas com o tempo achei que ele tivesse falado isso só pra eu não sofrer mais. “Tadinho, ele gostava mesmo de mim!”, eu pensava.

Ele me ligou uns dias depois, eu fui fria, disse que tinha descoberto tudo, mas ficou por isso mesmo.

Passaram-se uns meses, e comecei a receber e-mails dele, dizendo coisas apaixonadas, que eu era realmente o grande amor da vida dele, que não queria mais ficar lá, que não tava feliz em São Paulo. E foi assim todo dia. Muitos e-mails lindos e apaixonados por dia, ligações amorosas em horários imprevisíveis, coisas que nunca pensei que ele fosse falar e fazer. Ele chegou a me ligar do hotel do qual trabalhava às 4h da manhã. Eu achava lindo, o máximo. E realmente era.
Era o *T.R.* que eu sempre sonhara pra mim, falando tudo o que eu sempre quis ouvir. Dizendo que me amava!
Aí comecei a achar que ele poderia ter mudado.

Finalmente ele voltou e recomeçamos a namorar. E eu achando que finalmente iríamos ser felizes para sempre.

Mas ao escrever sobre ele no meu blog, ele começou a reclamar, dizendo que não gostava da vida dele exposta. Só que nem no nome dele eu falava. Só iria saber alguma coisa se alguém que o conhecesse lesse. E aí é que começou o barraco.
A traída lia meu blog e via meu fotolog há MUITO tempo e tinha um blog e um fotolog também em que eu, por FELICIDADE comecei a ler e vi que ele prometia mundos e fundos a ela, fazia juras de amor, dizia que comigo era passageiro, que ele iria voltar pra SP logo logo e bla bla bla. Sem falar que ela morria (e morre) de me esculhambar. Me chamando de vagabunda e tudo mais. Coitada de mim, mal sabe ela que o único vilão nessa história É ele.

Então eu vi que os papéis estavam se invertendo. Ele falava pra ela o que ele falava pra mim quando ele estava em São Paulo. Tudo, não mudou nem o repertório. Mas tudo bem, eu empurrava com a barriga porque ele dizia que tinha motivos pra continuar iludindo ela, dizia que tinha $dívidas$ com ela, que ela era doida e que podia fazer uma loucura, que ela podia se matar, que ela não ia aceitar, que ela, por saber que eu lia o blog dela estava inventando histórias, distorcendo coisas que ele já havia dito e bla bla bla.
E usava da emoção dizendo: “Poxa, eu vim de São Paulo pra ficar com você. Ela ta lá, a gente ta aqui, porque você ta preocupada com isso? Eu não sinto mais nada por ela.” Foram várias histórias.
Mas sempre dizendo que resolveria esse problema.
E eu deixando passar porque realmente ela está lá e eu aqui, quem o tem sou eu. Mas ao mesmo tempo não me entrava o fato dele ainda falar com ela.

E como eu não tinha provas concretas de que algo realmente estava acontecendo, deixava passar. Mas como quem procura acha, eu definitivamente não sou adepta do ditado que diz “o que os olhos não vêm, o coração não sente”, então no decorrer dos dias, meses, provas foram me aparecendo cada vez mais claras e então eu vi que não dava mais.

Realmente vi que não adiantava dá murro em ponta de faca, que pau que nasce torto NUNCA se endireita, então fui criando um nojo, um repúdio a esse ser sobrenatural. É, porque uma pessoa dessa não pode ser normal. Ta, tá não vamos exagerar:
É uma pessoa insegura, imatura, mal-caráter e pior, cafajeste e oportunista.
Mas isso todo mundo me dizia SEMPRE, e eu mesmo assim quis pagar pra ver.
Mas foi bom ter pagado pra ver, porque agora eu tenho certeza do que quero, tenho certeza do que sinto e se eu não tivesse continuado iria sempre ficar com dúvidas.
Por um lado foi péssimo porque perdi meu precioso tempo, mas por outro foi ótimo porque aprendi e MUITO com tudo isso, pena que não aprendi antes pra não ter perdido tanto tempo né?

E esse post como eu disse no início é um desabafo, uma maneira deu enterrar de vez esse assunto e exorcizar esse fantasma.
E que esse karma fique pra outra(s) lá que morre(m) de se iludir, achando que o “mozão” dela(s) é o mais santo do mundo e mais fiel. Tudo bem, deixo pra ela(s) as outras que ele tem por aqui e que eu não tive nervo, nem paciência, nem tempo pra competir. Com ela eu ainda conseguia levar afinal de contas ele tava aqui ao meu lado, mas com as outras....deixo pra quem quiser o estress de ter ao lado um homem como este.

Aliás, HOMEM?


Se eu estou cuspindo no prato que comí? Sim, estou e ainda escarro todas as minhas secreções que estão dentro do meu corpo

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